Postagens em Destaque

Confira o que foi destaque

Review Mouse Razer Naga 6 Botões Laterais

Review Mouse Razer Naga 6 Botões Laterais


INTRODUÇÃO

Seja bem vindo ao nosso primeiro Review sobre Hardware e seu uso voltado para a Simulação Aérea Virtual, antes gostaria de deixar devidamente registrado que infelizmente hoje não sou mais da área de “TI”, já fui há tempos passados, tanto que também sou bacharel em Administração com Habilitação em Sistemas de Informação, digo isso com o intuito de elucidar que não sou um profissional (apesar de gostar de tecnologia), sou apenas um usuário como outro qualquer, o qual vai registrar por escrito suas impressões acerca de determinado produto. Apenas isso.

Dadas tais elucidações, Fiquem com Deus e bem vindos a bordo.

Devo admitir que relutei muito para comprar um mouse com as características do Razer Naga Hex, afinal, vários fatores sempre influenciaram de forma negativa a possível aquisição do produto. Primeiramente o preço, haja vista ele custar algo em torno de $70,00 (setenta dólares), para alguns pode não ser tão alto o valor, mas considerando que no mercado encontramos mouses de R$25,00 (vinte e cinco reais), esse produto para sua categoria extrapola os padrões.


Em segundo lugar, uso apenas o Flight Simulator X, ou seja, não utilizo qualquer Game de RPG ou Game de Tiro em Primeira Pessoa que necessite de forma efetiva das complexas funções desse mouse. E em terceiro e último lugar, ora... é apenas um mouse.

No entanto, mais por teimosia do que por necessidade, aproveitei que meu velho e surrado mouse “baratinho”, não aguentou mais o trampo e faleceu, tomei a liberdade e me dei de presente o produto hoje analisado (sem a patroa saber, rs..rs..).  A escolha não foi fácil, uma vez que existe uma infinidade de mouses com as mesmas ou superiores características do Razer Naga Hex. Uma coisa eu tinha certeza: queria um mouse novo e que tivesse botões laterais para que eu pudesse experimentar no meu Simulador de Voo.

Ao chegar na loja me apresentaram o Razer Naga Hex, com seis botões laterais e também um Logitech com 12 Botões laterais, ambos, mouses para destro. Aproveitei a loja para ver a “pegada” do mouse, ou seja, como minha mão ficava acomodava sobre ele. Na primeira experiência percebi que o Razer Naga Hex tinha um formato muito anatômico, que minha mão, apesar de grande, se encaixava perfeitamente sobre o produto. Comandantes, é simplesmente impressionante como a posição da mão se encaixa sobre o mouse, os dedos anelar e mindinho direitos ficam de uma forma muito interessante, eles ficam apontados para baixo “tocando” o mousepad, ou seja tocando a mesa, formando assim uma base caso você necessite pressionar com o polegar direito um dos seis botões laterais.

Outra característica que influenciou foi o mouse ser da fabricante RAZER, que é considerada uma das melhores no ramo dos GAMES. Como eu já tinha um fone de ouvido dessa fabricante e tinha o conhecimento (por experiência própria) de que a marca é muito boa, acabei por optar pelo Naga Hex, em vez do Logitech de 12 botões laterais, apesar deste possuir o dobro de botões que o Naga Hex, não consegui encaixar minha mão no mouse de uma forma legal.

O Razer Naga Hex também me chamou a atenção por conta de sua leveza, podendo ser movimentado rapidamente. Acho que o fato de ele ser leve é para os usuários de jogos de primeira pessoa, pois estes geralmente necessitam que o mouse seja leve e preciso para poder ter uma jogabilidade de nível.

O Logitech era bem mais pesado que o Naga Hex, sendo um dos fatores que me desmotivou, pois tal fato pode acarretar inferioridade para o jogador que necessita de velocidade. Em que pese eu não necessitar de velocidade, tenho certo gosto por mouses leves.

OS SEIS BOTÕES

Ao chegar em casa fiz o “unboxing” do produto. Fiquei um tanto impressionado com a qualidade e acabamento do mouse, inclusive a caixa dele é bem rica em detalhes e de certa forma criativa. A primeira coisa que chama atenção no mouse, além da beleza, é sem dúvida os seis botões laterais. Eu, pelo menos, nunca tinha tido nada parecido, admito até que achei um tanto estranho ter aqueles botões sempre ao alcance do polegar direito (uma vez por outra pressiono um dos botões quando coloco a mão no mouse). Veremos mais abaixo como utilizo os botões laterais do mouse com o meu Flight Simulator X.



RAZER SYNAPSE 2.0

O produto pode (ou deve) ser usado com um software novidade da fabricante, que é o Razer Synapse 2.0, sendo um software de configuração unificada que permite a você ligar controles ou atribuir macros a qualquer periférico Razer e ainda salvar todas as configurações automaticamente em uma conta sua, em um serviço próprio da Razer de nuvem. A fabricante garante ser o fim das configurações maçantes de dispositivos, a ideia é quando você chegar na central LAN ou nos torneios, você já poderá extraí-las da nuvem e tomar o controle da situação imediatamente.

Com o Razer Synapse 2.0, os periféricos da fabricante podem comunicar-se uns com os outros. Voce pode, inclusive, alterar a sensibilidade do seu mouse temporariamente pressionando o botão do seu teclado Razer ou alterar os perfis do teclado rapidamente usando o scroll do mouse, com uma iluminação personalizável refletindo estas alterações.
Voce pode por meio do software atribuir repetição de “clicks” , bem como configurar a quantidade de resolução em DPI, o mouse deve trabalhar naquele seu Game específico, ou seja, uma resposta mais lenta, menos DPI, mais rápida, mais DPI.




O FLIGHT SIMULATOR E O RAZER NAGA HEX.

Importante consignar que o mouse aqui analisado não substitui o Joystick, isso realmente ele não faz. Este mouse para mim serve como uma complementação, na verdade, mais como uma ajuda ao preguiçoso que sou.

Pois bem, vamos lá. No 737-800, Inicialmente, configurei no botão 1 lateral do mouse para a visualização do Pedestal onde se localizam as manetes de potência, assim sempre que necessito pressiono no botão 1 e ele dispara a combinação de tecla Shift + 5, exibindo ou não as manetes de potência.
Já no botão 2 configurei a exibição do overhead, assim sempre que necessito pressiono o botão 2 e ele dispara a combinação de tecla Shift + 6. Comandantes, pode parecer bobagem, mas a configuração desse botão 2 me economizou um certo tempinho, antes eu inicializava as configurações de vôo no overhead pressionando Shift + 6, largando o mouse e pressionando o teclado, agora eu pego o mouse pressiono o botão lateral 2, o overhead é exibido, e logo em seguida já passo a configurar os sistemas do painel, sem largar o mouse, simples assim. 

Essa solução de exibir o overhead pelo botão lateral do mouse é interessante, pois por mais que você tenha um joystick, você não faz a configuração do painel superior da aeronave só pelo joystick, você geralmente usa o mouse para acionar os botões de configuração do painel.

No botão lateral 3, configurei a visão do painel onde faço o alinhamento inercial da aeronave, no botão 4 configurei a exibição do FMC.

Outra configuração que atribuí foi que no botão 5 lateral do mouse, ao pressioná-lo eu exibo o Vpilot (programa de conexão com a rede VATSIM), isso permitiu que eu parasse o que estava fazendo com o mouse para reportar o voo na rede, agora, basta pressionar o botão 5 que o VPilot já entra em cena. 



No botão 6, atribuí o Software  Cliente VA Financials, o qual gerencia todo o voo que realizo pela Virtual Airline que sou membro, quando quero dá uma olhada no status do voo que estou realizando, pressiono o botão 6 do mouse e ele aciona o Software.

Importante consignar que você tripulante pode configurar o que bem entender nos botões laterais, seja controle de dispositivos, botões de painéis, trem de pouso, luzes, Autopilot etc. Tudo vai depender da sua necessidade, bem como de sua criatividade.

Um colega piloto virtual encontrou uma solução interessante para esse mouse. Ele implementou várias teclas de atalho através do utilitário FSUIPC para o acionamento da aeronave, ou seja, ele criou uma tecla de atalho para ligar a APU, para acionar os motores e etc. No mouse, criou macros precisas com intervalos de tempo para cada ação, o resultado foi que ao acionar o botão 1 do seu mouse ele dispara uma Macro que executa todo o procedimento de acionamento da aeronave, tal fato pode não ser essencial, mas foi interessante de se ver.


CONCLUSÃO

Do ponto de vista da necessidade, pelo menos falo por mim, o Mouse Razer Naga Hex é interessante para minha atividade de simulação de voo, mas não essencial, pois é possível acionar as teclas de atalho do teclado, no entanto fiquei satisfeito com o mouse, bem como com a configuração precisa, a qual inclui macros e teclas de atalho, bem como gostei muito da qualidade do material de fabricação e principalmente, adorei o design iluminado e futurista que ele possui.

Comandantes, fico por aqui, espero ter atingido meu objetivo que é apenas apresentar o produto e qual seria sua utilidade para aqueles que gostam de usar Simuladores de Voo, espero que esta pequena contribuição tenha ficado à altura dos comandantes virtuais.

Atenção: importante consignar que o autor deste review não recebeu qualquer tipo de valores ou bens, o produto aqui analisado foi adquirido às expensas do autor, o qual o comprou em loja física de sua cidade.


Dados Técnicos

Características:

- 7 pés de cabo de fibra leve, trançado;
- Roda de rolagem com 24 posições de clique individuais
- Otimizado para MOBA / RPG de ação;
- 6 botões laterais mecânicos;
- Conector USB banhado a ouro;

Especificações Técnicas:

- 6 botões mecânicos laterais para o polegar direito (Ação-Rpg);
- 11 programações para os botões Hyperesponse;
- Interruptores Especiais para configurar 250 cliques por minuto nos botões laterais;
- tem uma vida útil de 10 milhões de cliques;
- Resolução de 5600 DPI, com precisão de 3.5G, com sensor a laser;
- Tempo de resposta de 1ms (milissegundo);

Requisitos de Sistemas:

- Porta USB;
- WIN 8, WIN 7, WIn VISTA, WIN XP 32 e MAC OS X;
- Conexão de internet para instalar o driver;

- 100mb de espaço em disco para o driver de instação.


Review DC10 HD Collection da Comercial Level Simulations

Review DC10 HD Collection da Comercial Level Simulations




Introdução:


O DC10 era um trijato comercial da classe “Wide-body aircraft”, designação dada para as aeronaves de fuselagem larga, as quais possuíam pelo menos dois corredores entre os assentos de passageiros, tendo sido desenvolvido pela McDonnell Douglas como sucessor do então DC8. A aeronave foi o segundo avião da classe de fuselagem larga, tendo ficado em tal colocação por conta do Boeing 747, o qual foi o primeiro avião de fuselagem larga do mundo.

O primeiro modelo do DC10 nasce em meados de 1968, tendo a McDonnell Douglas encerrado a cadeia de produção da aeronave em 1989, com um total de 446 aeronaves entregues, entre aeronaves civis e militares.

O DC10 era considerado um avião robusto, grande, pesado e confortável para sua época, sendo em algumas configurações uma verdadeira opulência do ar, concorrendo diretamente com o Lockheed L-1011 Tristar, os Boeings 767 e 747, bem com o Airbus A300.

Foram desenvolvidas seis versões para o DC10, no entanto 4 (quatro) versões ficaram notabilizadas na indústria aeronáutica, são elas o DC10-10, o DC10-15, o DC10-30 e o DC10-40.

Em 1990 a McDonnell Douglas apresenta o novíssimo MD11, aeronave trijato da classe “Wide-body”, que traz inúmeras inovações, dentre elas, a eliminação do engenheiro de voo na cabine de comando, sendo pilotado, apenas, por Comandante e Primeiro Oficial, ceifando de vez o DC10, uma vez que este foi substituído pelo novo avião.

Especificamente acerca do modelo DC10-30, objeto deste review, em 1973 ele foi lançado com turbinas CF6-50 da GE e raio de ação de 10.010 km e 259,4 toneladas de peso máximo de decolagem. O DC-10/30 na sua versão original, levava 260 passageiros, 15 tripulantes e consumia 10.800 litros de combustível por hora de voo.

Até os dias de hoje o DC10 causa admiração pelos amantes da aviação, especialmente por aqueles que tiveram a oportunidade de voar em uma dessas máquinas, ou até mesmo ver a certa distância, como este que vos escreve.

Especificações do DC10-30:


Motores: CF6-50 da GE
Comprimento: 182 ft (55,50 m)
Envergadura: 165 ft (55,40 m)
Altura: 58,1 ft (17,70 m)
Peso Máximo de Decolagem: 580.000 lb (263.000 kg)
Velocidade Máxima: Mach 0.88 (982 km/h)
Velocidade de Cruzeiro: Mach 0.82 (908 km/h)
Teto de Serviço: 42.000 ft (12.802 m)
Alcance: 6.600 milhas náuticas

O DC10-30 da Comercial Level Simulations - CLS

Sempre tive a vontade de simular um DC10-30, afinal, tenho verdadeiro fascínio pela aeronave, no entanto, devo admitir que escolher o modelo para o FSX (simulador que atualmente uso) não foi tarefa das mais fáceis. Primeiro, eu não queria uma aeronave freeware, como o natal estava chegando eu iria comprar uma aeronave payware e me dá de presente. Segundo, eu buscava um modelo que tivesse o máximo de fidelidade com a aeronave real. Diante de tais circunstâncias, iniciei minhas pesquisas na internet em busca do sonhado presente.

Depois de muito procurar e lê em fóruns, cheguei a conclusão de que a única saída era comprar o pacote DC10 Collection HD para FSX da Empresa CLS. Falo única porque, acreditem, não há quase nenhuma outra opção de compra para tal aeronave. A Comercial Level Simulations – CLS, já se encontra a dez anos no mercado virtual, possuindo outros modelos para simulação, que vão desde uma aeronave de pequeno porte Piper Arrow, passando pelo DC10, o Boeing 747-200, Airbus A340 e o famoso MD81/82.

Ao acessar a loja on-line da SimMarket agora em Dezembro de 2015, tive a surpresa de encontrar uma promoção em vários produtos, dentre eles o DC10 Collection HD da CLS, o qual estava por treze euros (pouco mais de R$53,00). Não tive dúvidas, comprei.

Abaixo, tomo a liberdade de pontuar com a humildade devida minhas singelas impressões, tendo por parâmetros vários aspectos, dentre eles resolução do modelo da aeronave, o voo simulado, e até mesmo a comparação com outras aeronaves payware, tendo por objetivo único, tão somente, colaborar com nossa Comunidade de Voo Virtual no que diz respeito as informações acerca do Modelo comercializado pela CLS.

O Manual de Operação do DC10 Collection para FSX

Com o arquivo de instalação do pacote do DC10 (arquivo .zip) acompanha o Manual de Operações da aeronave para simulação em formato .PDF, ele é composto de 76 (setenta e seis) páginas, as quais são dividas nos seguintes capítulos: Introdução, Instalação, Operação da Aeronave, Painel do Piloto, Painel do Co-piloto, Painel Overhead, Pedestal, Painel do Engenheiro de Voo, FMC, Voando o DC10, Paint Kit e Créditos.

Bom, aqui devo ser sincero, o Manual de Operações que acompanha o pacote DC10 Collections HD não aprofunda. Ele basicamente exibe um instrumento, a exemplo do Horizontal Situation Indicator – HSI, e aponta os nomes do ponteiros e botões inseridos no instrumento. O ideal seria indicar não só o nome do botão, mas indicar sua função também, a exemplo de outros manuais.

Insatisfeito com o Manual de Operações da série HD, recorri ao site da CLS e pra minha surpresa lá tinha disponível para download o Manual de Operações da série DC10 anterior a HD, ou seja a primeira versão lançada.

Surpreendentemente, o Manual de Operações da série mais antiga do DC10 é simplesmente ótimo e totalmente completo. Só para você ter uma ideia, o antigo manual tem 217 páginas, ou seja, 141 páginas a mais do que o manual da série HD.

O Manual de Operações do DC10 anterior a série HD, aprofunda em detalhamento e orienta pontos que a nova coleção desdenhou. Como exemplo posso citar o ponto do manual que explica sobre a descida do DC10, já que essa aeronave não dispõe de um sistema moderno que efetua a descida automática da aeronave o Comandante deve planejar e calcular a descida com antecedência e isso o manual anterior explica de forma suficiente como deve ser feito.

A orientação da descida é só um exemplo, pois podemos citar as tabelas de performance do DC10 que vêm todas anexas ao manual, bem como os checklists e um resumo super útil de cada fase do voo, como preparação da cabine, subida, aproximação e etc.

O que na minha opinião faltou em ambos os manuais foi a ausência de previsão dos procedimentos de emergências, comunicação, motores e etc. Acredito que teria dado um toque final de excelência ao produto.

Arriscaria a pontuar a seguinte conclusão: use o Manual do DC10 da Série HD (76 páginas) em conjunto com o Manual do DC10 de versão anterior (217 páginas), com isso você terá um bom manual para orientação e referência.

Exterior

A coleção DC10 HD, segundo o site do desenvolvedor, foi projetada para ser um produto de qualidade no quesito design, animações e características do modelo de voo, tendo os modelos resolução de 2048x2048, sendo seu visual bem superior aos modelos anteriores.

A nova coleção HD foi melhorada em relação a anterior, pois pesquisando vídeos no Youtube percebi que o modelo externo foi melhorado no detalhamento da textura, bem como no Cockpit.










As imagens acima são apenas algumas das pinturas que acompanham o modelo da CLS. 

Abaixo colaciono uma imagem mais de perto do motor esquerdo do DC10, dá para notar a parte interna com certo detalhamento.


Interior
As imagens do interior do DC10 são, em geral, muito boas. Ele conta com um Virtual Cockpit que funciona muito bem, evidenciando todo o conjunto de instrumentos da aeronave. 

Os instrumentos em 3D (relógios, especificamente) são bem modelados e simulam de forma ideal as fases do voo. Chamo a atenção especial para a textura que simula o metal dos instrumentos (isso no Virtual Cockpit), da para notar o pequeno efeito de reflexo do metal, bem como se verifica a aparência dos parafusos do painel do Comandante com um parafuso real.



O Painel de Piloto Automático é funcional e se aproxima, em termos de modelagem, do painel da aeronave real, aqui chamo a atenção para o sútil e imperceptível reflexo do vidro dos visores do NAV, CRS, HDG e ALT, desse painel.

O efeito de reflexo também pode ser observado na janela da figura abaixo. 

Abaixo uma visão mais ampla da cabine de comando.

A figura abaixo é a captura da imagem do Pedestal, onde infelizmente alguns botões não são funcionais. Tal elemento negativo se repete em outros pontos do Cockpit, a exemplo do painel Overhead.


O DC10 é de uma época clássica, na qual ainda existia a figura do Engenheiro de Voo (Flight Engineer), o qual tinha por função precípua o monitoramento de motores, pressurização, combustível, desempenho, sistemas hidráulicos, elétricos  e algumas inspeções específicas da aeronave. Abaixo a figura capturada da posição do Engenheiro de Voo do DC10.

Abaixo, olhando como se estivéssemos sentados no lugar do Engenheiro de Voo, podemos vislumbrar o Painel Superior, no qual controla-se vários sistemas, como Hidráulico, Elétrico, APU, Bateria, Flight Record etc.



Já no Painel Inferior do Engenheiro de voo, podemos verificar os sistemas de combustível, como indicadores de quantidade, liga e desliga de bombas e medidores.



FMS/CDU

O DC10 da CLS pode ser voado seguindo dois métodos de navegação: a) navegação por VOR/NDB, ou b) navegação via waypoints constantes no FMS/CDU.

A navegação por VOR/NDB encontra-se em congruência com o a navegação real, ou seja, se voce deseja voar a radionavegação fique tranquilo, ele ta preparado para tal mister. No entanto, caso voce deseje voar usando a navegação pelo FMS/CDU que vem com a aeronave, fique avisado que ela é bem básica. 

A utilização do FMS/CDU restringe-se a um plano de voo previamente preparado pelo FSX (Flight Planner), ou seja, voce primeiro prepara o plano de voo no FSX e depois o carrega. Após ser carregado voce terá os waypoints inseridos no FMS, podendo então proceder com sua navegação. A sistemática é a mesma quando voce carrega no GPS padrão um plano de voo feito no FSX, a diferença é que voce não vai usar o GPS, mas tão somente o FMS/CDU.

No FSM/CDU voce não tem a possibilidade de inserir diretamente no FMS os waypoints, nem SIDs ou STARs, nem procedimentos de aproximação ILS para determinada Pista. Ele se resume a exibir a lista de waypoints e realizar alguns calculos de Velocidade de Decolagem e de Pouso com a configuração de alguns Flaps, como exemplo, podemos citar o pouso com Flaps 50º, deverá ser na velocidade X.

Eu uso o Professional Flight Planner X - PFPX, que é um excelente planejador de voo, exportando a rota traçada para o Flight Planner do FSX, nisso, com esse método, consigo ter uma precisão maior na hora de planejar o voo até a interceptação do "Glide Slope". 

Entretanto, devo admitir que prefiro voar o DC10-30 por radionavegação, como era na saudosa era clássica da aviação.

Acredito que a CLS não tenha aprofundado o desenvolvimento do FMS/CDU do DC10-30 justamente porque a aeronave não segue a filosofia de voos automatizados, devendo ser utilizada a filosofia da radionavegação.



Voo teste entre Caracas-Venezuela (SVMI) e Porto Rico (TJSJ)

Dados:

Origem: SVMI
Destino: TJSJ
Distância: 417mn
Nível de voo: 360
Duração do voo: 1h10minutos
Combustível: 34.213 pounds
Rota (gerada no PFPX): DARPA G432 LRS DCT UG432 ARMUR

Realizei um voo teste saindo da Caracas (SVMI) até Porto Rico (TJSJ) com o DC10-30, tendo por objetivo observar a performance da aeronave, bem como a simulação de seus sistemas. Vejamos.



A aeronave, depois de devidamente preparada, foi liberada para decolar da Pista 10,  a meteorologia indicava tempo bom, apenas com nuvens esparsas a 2000 pés. Configurei Flaps 15º para decolagem em razão do peso, temperatura e cumprimento da pista (o manual da CLS, de certa forma, indica essa configuração de Flaps na maioria dos voos). Ao iniciar o taxi voce não terá novidades, principalmente se voce ja for acostumado com aeronaves maiores, a exemplo do Boeing 777, digo isso, pois, aeronaves widebody como DC10-30, na hora de simular o taxi, voce deve ficar atento para não colocar os pneus fora da taxiway.



Já na cabeceira da pista voce aplica pressão ao throttle até N1 apresentar 60%, onde logo em seguida voce deve fazer uma verificação na estabilidade dos motores, após isso aplique 100% de N1 e deixe a aeronave correr a pista. 

Gostei do som dos motores, andei pesquisando no youtube vídeos de voos reais e é muito parecido o som do trijato simulado com o verdadeiro.

Na velocidade indicada puxei o manche e o gigante obedeceu ao comando, mantendo a atenção sempre na marca de 10º de inclinação do nariz na hora da decolagem, para que a subida seja estável. Com "positive rate" confirmada, recolhi o trem de pouso, e após 1500 pés recolhi flaps. 




A subida foi de certa forma tranquila. Mas devemos ficar atentos ao peso da aeronave, pois se voce estiver muito pesado, vai ter que fazer "step climb" durante a rota para poder alcançar a altitude planejada. Fiz alguns testes e o DC10-30 se comportou bem quando simulei ele com peso total, comigo o máximo que ele chegou carregado foi no nível FL330. 



Alcançando a altura planejada, configurei o cruzeiro para mach .82, conforme manda o manual. O documento inclusive indica que se voce fizer voos curtos, use mach .82, mas se for voos longos, use mach .80, essa orientação é para poupar os motores, acredito. Tem até um certo fundamento tal premissa, pois imagine um voo entre SBGR (Guarulhos) -  KJFK (New York), com aproximadamente 4100mn e mais de 9 horas de voo sem escalas, a longo tempo a velocidade mach .82 seria mais penosa para os motores do que mach .80, sem contar a economia de consumo de combustível também. 





A descida, muito atenção nessa fase do voo. 

A descida no DC10-30 não é automatizada, ou seja, voce precisa calcular a descida, buscando saber com quantas milhas de um determinado fixo (VOR ou Waypoint) voce precisa iniciar a descida da aeronave. Como sabemos, aeronaves como o 737-800 já faz isso pra voce, calcula o Top of Descent (TOD), reduz motor, controla velocidade etc. No DC10-30 o Comandante é que faz tudo isso. O manual nesse ponto me surpreendeu, explicou, inclusive com exemplo, a forma de calculo e como proceder com a descida.  É tambem comum voce ter que usar o speed brake durante a descida para manter a razão de descida planejada. Diante de tal fato, fica a dica: planeje muito bem seu voo, principalmente a fase da descida. 





Ao curvar para a reta final de pouso, preparei o DC10-30 para a espera do "glideslope", fui configurando flaps conforme a velocidade indicava, pressionei o botão "ILS" no Autopilot e esperei a captura, sem maiores problemas aqui também. 




Em 400 pés desliguei o Autopilot e flutuei com o DC10-30 até tocar a pista em Porto Rico, apliquei reversores e quando a velocidade em solo chegou a 60kts, recolhi flaps e speed brake. Procedi ao taxi até o gate e executei ao fluxo de cabine indicado no manual para desligar os motores e sistemas da aeronave. O voo terminou aqui, tendo sido uma experiência ótima.





Conclusão

Devo admitir que gostei da aeronave. A estou usando de forma constante e realizo outros testes de voo. Acredito que a CLS tem um bom produto nas mãos, mas necessitando de melhorias para afinar ainda mais a simulação, dentre as melhorias acho que a modelagem de cabine merecia uma atenção especial, bem como a implementação de funcionalidades de alguns pontos, a exemplo do Painel Overhead que não simula todos os sistemas.

Era isso, deixo aqui minha singela contribuição para a Comunidade de Voo Virtual, obrigado pela atenção meus amigos e bons voos!

Atenção: importante consignar que o autor deste review não recebeu qualquer tipo de valores ou bens, o produto aqui analisado foi adquirido às expensas do autor, o qual o comprou na loja on-line da SimMarket.

Equipamento:

- Intel Core I5, 4460, 3.20Ghz / 16 GbRAM HyperX / Placa de Vídeo AMD RADEON 7850, 1Gb DD5 de 256 Bits / 1 SSD 240Gb Kingston / 2Hds de 1 Tera Seagate / Placa-mãe ASUS H81M-A/BR / Windows 7 Ultimate 64x
- Yoke Pro Flight Saytek (manche)
- Joystick Logitech Extreme 3D Pro
- Saytek Pro Multi Panel
- Teclado Logitech G19
- Razer Mouse Naga 6 botões
- Razer Tartarus Gaming Keypad 15 Teclas\
- Razer Headphone Kraken Black